Júlio Resende: “Ficam as obras. Essas dirão que existi.”

(Júlio Resende morreu hoje, aos 93 anos, em Gondomar.)

“A primeira exposição do artista acontece em 1946, em Lisboa, cidade onde conhece Almada Negreiros.

Volta a viver no Porto em 1951, ano em que ganha o prémio especial na Bienal de S. Paulo. O tema principal da sua pintura é, na altura, a gente do mar.

Professor do ensino secundário, arrecada em 1952 o Prémio da 7.ª Exposição Contemporânea dos Artistas do Norte, ano em que também executa um fresco da Escola Gomes Teixeira, Porto e faz investigação sobre desenho infantil.

O responsável pela ilustração da obra de Fernando Namora Retalhos da Vida de um Médico, recebe em 1997, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e realiza a decoração de azulejos da estação do Metropolitano de Lisboa de Sete Rios.

“O Desenho é expressão de um consciente que o particulariza”, lê-se no sítio da Internet da Fundação Júlio Resende, instituição onde está reunido um espólio de cerca de dois mil desenhos do artista português.

Júlio Resende afirmou: “Que o Desenho seja entendido no seu mais amplo sentido. Não apenas restrito às Artes-Plásticas mas a todas atitudes criativas do Homem. Não é monopólio de qualquer época nem de qualquer sociedade”.

Fonte:   ‘A vida é melhor desarrumada’, in Visão

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